Operação federal resgata trabalhadores de condição análoga à escravidão em fazenda no Pará
Segundo Ministério Público do Trabalho, mulher e seis homens 'viviam em péssimas condições de habitabilidade'. Operação flagra sete trabalhadores em cond...

Segundo Ministério Público do Trabalho, mulher e seis homens 'viviam em péssimas condições de habitabilidade'. Operação flagra sete trabalhadores em condições análogas às de escravo no Pará Um grupo com sete pessoas foi resgatado em uma fazenda onde trabalhavam cortando e carregando madeira em situação análoga à escravidão. Eles dormiam em barracos de lona, sem acesso adequado a higiene e conforto e ainda comiam alimentos salgados por falta de refrigeração. Os seis homem e uma mulher dormiam em camas improvisadas e redes, em alojamentos improvisados de madeira e lona, de chão batido e sem paredes, o que permitia entrada fácil de insetos e animais peçonhentos. A mulher atuava como cozinheira, mas não havia local para armazenar alimentos, que "ficavam guardados em caixas e sacos plásticos sobre uma prateleira de madeira próxima ao teto ou espalhados pelo local", segundo o Ministério Público do Trabalho. No local também não havia refrigerador. "Os trabalhadores tinham que salga as carnes para poder conservá-las por mais tempo, e ficavam expostas no ambiente sujeitas à contaminação. As instalações sanitárias eram precárias", informou ainda o MPT. O resgate em Cumaru do Norte, no sul do Pará, foi divulgado nesta segunda-feira (7) e ocorreu em operação conjunta realizada por uma semana, entre 30 de junho e este domingo (6) pelo Ministério Público do Trabalho no Pará e Amapá (MPT PA-AP), Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e Polícia Federal (PF). Alguns dos trabalhadores estavam no local desde abril. Trabalhadores foram resgatados de situação análoga à escravidão no Pará Mpt/Divugação Como não havia quartos ou outros ambientes adequados, os pertences dos trabalhadores ficavam em mochilas e sacolas penduradas e todos eles trabalhavam sem equipamentos de proteção individual (EPIs). Apesar dos riscos do trabalho com corte de madeira, também não havia materiais de primeiros socorros. "Os trabalhadores foram contratados informalmente e atuavam no local em atividades como corte e carregamento de madeira. Encontravam-se sem registro e Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) anotada e não realizaram exames médicos admissionais", informou ainda o MPT. Os trabalhadores foram resgatados pelos órgãos federais e as Secretarias Municipais de Saúde e de Assistência Social estão atuando para inclusão deles em programas assistenciais, além de atendimentos e verificação de vacinas. 📲 Acesse o canal do g1 Pará no WhatsApp Segundo o MPT, o empregador precisou pagar as verbas rescisórias e firmou Termo de Ajuste de Conduta (TAC) se comprometendo a regularizar a situação dos funcionários e a fornecer condições de trabalho e moradia dignas e a pagar a indenização por dano moral individual para cada um dos trabalhadores resgatados. O dono da fazenda deve fazer o recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e demais contribuições previdenciárias. Trabalhadores foram resgatados de situação análoga à escravidão no Pará Mpt/Divugação Trabalhadores foram resgatados de situação análoga à escravidão no Pará Mpt/Divugação Como denunciar As denúncias de trabalho análogo ao escravo podem ser feitas de forma remota e sigilosa pelo Disque 100 ou pelo site do MPT PA-AP ou diretamente à Polícia Federal. Veja mais notícias do estado no g1 Pará